Atualizado em 01 de June de 2017

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Alan Trampe ressalta a conexão entre museus e comunidade em sua conferência sobre os 10 anos da Declaração de Salvador

Alan Grande

O representante do Chile no Programa Ibermuseos fez uma apresentação no Fórum Nacional de Museus, em Porto Alegre

A importância da integração dos museus com suas comunidades foi a mensagem central da conferência de Alan Trampe, membro fundador do Programa Ibermuseos, na conferência “Valorização dos museus através da cooperação internacional – 10 anos da Declaração de Salvador”, no 7º Fórum Nacional de Museus (FNM), no Brasil. “Nem todos os museus serão reconhecidos pelo mesmo. A maneira mais justa de fazer isso é de acordo com a sua missão”, disse o representante do Chile no Conselho Intergovernamental do Ibermuseus.

As ações de empoderamento social promovidas pelos museus da Ibero-América, grandes e pequenos, são o grande legado da Declaração de Salvador, após uma década de cooperação. “Hoje, a comunidade latino-americana tem uma presença mundial na área dos museus que era impensável há dez anos”, observou Trampe, salientando também que, através dessa cooperação, foi possível formular Recomendação Unesco sobre a proteção e a promoção dos museus e coleções, que é o tema do FNM.

Alan traçou uma linha do tempo conectando a Recomendação Unesco (2015) e a Declaração de Salvador (2007), a partir da Declaração de Santiago do Chile de 1972, os últimos considerados como documentos que definiram e estimularam os caminhos de museologia social, e o primeiro como uma afirmação da continuidade deste trabalho. Ele também destacou as realizações do Ibermuseos na última década, colocando-o como “uma referência mundial”.

“Se no início o Programa era visto com certa desconfiança, é agora reconhecido como uma oportunidade para museus e profissionais de toda a Ibero-América. Devemos continuar a incentivar mais países e mais museus a fazer parte desta rede”, analisou o sub-diretor de Museus do Governo do Chile. Para ele, um museu deve ser consciência e visão global juntamente com uma responsabilidade social local. “Esta equação gera o equilíbrio que permite o seu desenvolvimento.”

Trampe também defendeu a diversidade de museus na Ibero-América, argumentando que devem ser moldados de acordo com a sociedade em que estão inseridos. “O mundo dos museus está se movendo em direção a uma diversidade infinita, e documentos como a Declaração de Salvador são como um guia, não uma camisa de força. O objetivo final dos museus deve ser o de melhorar a qualidade de vida das pessoas ao redor.”

O presidente do Ibram, Marcelo Araújo, foi o mediador da conferência. Ele destacou as realizações do Ibermuseos e colocou o programa como um “exemplo muito positivo” na museologia global. Araújo convidou José do Nascimento Júnior, idealizador do Ibermuseos e um dos signatários da Declaração de Salvador, para discutir a importância da Declaração e do Programa. Nascimento destacou como a criação do Programa e adoção da Declaração contribuíram para a criação da Política Nacional de Museus e fortaleceu a política pública de outros países.

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Fotos: Gustavo Marcondes/Ibermuseus e Ascom/Ibram

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