Portugal publica versão preliminar de relatório que visa a apresentação de recomendações e de propostas, a curto prazo, mas também tendo o horizonte temporal dos próximos 10 anos, para entidades museológicas e patrimoniais dependentes da Direção-Geral de Património Cultural – DGPC.
Realizado pelo grupo de Projeto Museus no Futuro, coordenado por Clara Frayão Camacho (quem representa Portugal no âmbito da mesa técnica da Linha de Formação e Capacitação do Ibermuseus), o relatório é fruto de um trabalho de análise, diagnóstico e elaboração de propostas realizado ao longo de um ano.
O projeto tem o objetivo de conceber e propor os instrumentos necessários à implementação de modelos de gestão, que promovam a sustentabilidade económica, financeira e social dos museus, identificando os meios de operacionalização, os recursos necessários e os agentes competentes para o efeito.
Este trabalho com incidência nos Museus, Palácios e Monumentos dependentes da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) e das Direções Regionais de Cultura, tem como alvo principal os decisores políticos, em particular a tutela da Cultura, em articulação com as restantes áreas governamentais bem como diretores dos Museus, Palácios e Monumentos abrangidos pelo projeto.
O Grupo de Projecto Museus no Futuro (GPMF) foi criado em 2019, no âmbito do novo regime jurídico de autonomia de gestão dos museus, e recebeu como missão reflectir e apresentar recomendações para medidas de políticas públicas para curto, médio e longo prazo.
“Este grupo de natureza transversal recolheu informação e diversos contributos, fez uma reflexão ao longo de um ano sobre cinco áreas consideradas essenciais e estratégicas para o futuro dos museus”, palácios e monumentos tutelados pelo Ministério da Cultura, informa a titular da pasta, Graça Fonseca.
As cinco áreas de reflexão foram: gestão de museus, palácios e monumentos nacionais, redes e parcerias, transformação digital, gestão de colecções e, por fim, públicos e mediação.
Graça Fonseca destacou, entre as medidas propostas, de curto, médio e longo prazo, nas cinco áreas de reflexão, “o reforço da autonomia dos directores dos museus, palácios e monumentos”. “Esta autonomia é fundamental para cada director aprofundar a sua visão de longo prazo, e criar um plano de gestão da respectiva colecção, programação e ligação aos públicos”, salientou a ministra à Lusa, recordando que os concursos internacionais abertos recentemente vão dar a possibilidade de os mandatos serem renovados três vezes (até um máximo de nove anos).
A ministra salientou que o regime jurídico de autonomia de museus, palácios e monumentos “é um primeiro passo de curto e médio prazo para perspectivar os próximos dez anos”, e o relatório agora em fase de conclusão está estreitamente ligado à nova legislação.
A Versão Preliminar do Relatório encontra-se disponível para o envio de comentários e contribuições até ao próximo dia 31 de julho de 2020, sendo que a versão final do Relatório estará concluída no próximo mês de outubro.
Acesse o sumário executivo e o relatório preliminar.
Fontes: Observatório Português das Atividades Culturais – OPAC e Agência Lusa.
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