No dia 8 de março, o Dia Internacional da Mulher é comemorado em todo o mundo. Institucionalizada pelas Nações Unidas em 1975, a data comemora a luta das mulheres pela equidade de oportunidades com os homens em todos os setores da sociedade. Durante o mês de março, vários museus e instituições culturais dos países ibero-americanos se juntam às celebrações, com uma programação especial em homenagem ao trabalho e à história das mulheres no campo cultural. O Ibermuseos destaca algumas das ações.
Numa aliança estratégica com o Museu da América em Madri, o Museu Nacional do Equador, MuNa, juntamente com a artista equatoriana Alice Trepp, apresentará a exposição “La Carga, a mulher do Valle del Chota em diálogo com o Museu”. A exposição, que será aberta neste dia 8 de março, no âmbito do Dia Internacional da Mulher, permanecerá até 7 de julho no Museu da América.
La Carga refere-se a uma dupla dimensão: a carga física e a carga psicológica que carregam as mulheres que posavam para ser retratadas, embora suas mágoas não se limitem a si mesmas e, de algum modo, sejam a voz de muitas outras mulheres vivas ou mortas, conhecidos ou anônimas, que deixaram como legado certas maneiras de fazer e pensar.
Na Espanha, o festival Ellas Crean celebra quinze anos em 2019, e é comemorado entre os dias 5 e 31 de março, mais uma vez sendo uma festa com a criatividade das mulheres como protagonista. É um grande evento cultural que dá visibilidade ao trabalho e talento de artistas e criadores do mundo da cultura, com a participação de vários museus.
No México, a Secretaria de Cultura, através do Instituto Nacional de Belas Artes e Literatura, no Museu Nacional de Arte abre um espaço para reflexão sobre a participação das mulheres na sociedade, arte, museus e cultura, através de um ciclo de palestras, um curso e visitas guiadas especializadas. As atividades serão realizadas durante todo o mês de março em diferentes espaços do Munal.
Outras atividades promovidas pelo INBAL
Na Argentina, no âmbito do ciclo dos Museus do Cinema, é apresentado o programa “Diretoras Hoje”, um compêndio de filmes e curtas-metragens que analisa a produção audiovisual criada por mulheres diretores e principalmente jovens.
Esta etapa do ciclo foi programada em conjunto com a Casa Nacional do Bicentenário, a Manzana de las Luces, o Museu Histórico Sarmiento e o Museu Malvinas e Islas del Atlántico Sur, e participam o Instituto Nacional de Cinema e Artes Audiovisuais (INCAA) e seu programa Gafas Violetas, assim como os coletivos de realizadoras Ação! Mulheres do cinema, A mulher e o Cinema, MUA (Mulheres Audiovisuais) e MUMA (Mulheres de Meios Audiovisuais).
Com palestras, filmes, workshops, exposições e palestras, o Ministério da Cultura e Juventude da Costa Rica homenageará as mulheres em seu dia com uma série de atividades que destacam e promovem o valor e a importância das mulheres na sociedade. Oficinas, sessões de zumba, palestras, filmes e palestras sobre estilos de vida saudáveis fazem parte da agenda que estará disponível de 7 a 9 de março.
Na quinta-feira, 7 de março, o Museu Zorrilla abre o processo de pesquisa “Drama uruguaio 1930-1973”, sobre dramaturgia escrita por mulheres, cânones e hegemonia cultural. A Editora Editora Salvadora trabalha há mais de um ano em uma investigação sobre as dramaturgas uruguaias. Agora, esta pesquisa está aberta ao público para mostrar o que foi feito, compartilhar as dificuldades que surgem ao investigar essas questões e continuar coletando materiais.
No Peru, o Lugar da Memória, a Tolerância e a Inclusão Social apresenta o livro “A domesticação das mulheres”, no dia 13 de março. O livro de Mariemma Mannarelli analisa o processo histórico que permitiu essa domesticação, enfatizando os quadros culturais que reforçaram a regulação e o controle da sexualidade. Além disso, o LUM realiza este mês o “Workshop: Gênero e Período de Violência 1980-2000” com o objetivo de visualizar a violência e capacidade de reação das mulheres durante o período de violência de 1980-2000. O tema será trabalhado a partir de três eixos: o valor do testemunho, a violação de direitos e a capacidade de responder de organizações civis.
No Brasil, o Museu Histórico Nacional promove uma edição especial do Bonde da História “Museu, memórias e mulheres” para celebrar o Dia Internacional da Mulher, no dia 8 de março, às 14 horas. A visita mediada aborda um tema que tem feito sucesso entre o público: o papel e a representatividade das mulheres na história do Brasil, tendo como referência peças em exposição no circuito de longa duração do MHN. Ora como personagens, ora como autoras, as mulheres têm papel de destaque em nossas coleções.
‘Pinceladas pela Paz’ é chamada de exposição que será aberta ao público, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, na Sala Juan Villafuerte do Ministério da Cultura e Patrimônio do Equador. No evento de abertura, um vídeo sobre violência de gênero foi planejado.
É uma amostra representativa de pinturas, esculturas e teares em homenagem a todas as mulheres do planeta, que responde à proposta do coletivo “Desde La Mirada”. Nesta ocasião, serão apresentadas obras de quatorze artistas plásticos: Ghislaine Izaguirre Quiñónez, María del Pilar Velásquez, María de Lourdes Endara, Katty Rivas Cepeda, Karla Martínez Páez, Nancy Vega, Diana Álvarez, Márcia Isabel Abril Galarza, Saskya Montesdeoca, Coloma, Bernarda Argüello, Rosita Coloma Solano, Roxana Macías González, Jaqui Avellán e Estefanía Estrella.
Você está utilizando um navegador desatualizado. Por favor atualize seu navegador para visualizar corretamente este site.