Este ano, no início de julho, será realizado no Museu da Educação Gabriela Mistral o Colóquio Internacional de Museologia social, participativa e crítica, em conjunto com o Museu de Historia Natural de Paris. Este evento acontecerá nos dias 1, 2 e 3 de julho em Santiago do Chile, e espera contar com a participação de pessoas ligadas ao mundo dos museus e patrimônio ao redor do mundo.
As noções de museologia participativa, museologia social e museologia crítica aparecem como uma espinha dorsal na qual se fundam experiências muito diversas, muitas delas inspiradas nos princípios da Mesa Redonda de Santiago do Chile (1972) e na carta do México para a defesa do patrimônio cultural (1976), mas também no trauma das ditaduras, descolonização, desigualdade e pobreza extrema, na qual são desenvolvidos muitos dos projetos que se espera que estejam presentes neste evento.
O colóquio procura ser um espaço de encontro construído em conjunto e para isso se convida a trabalhadoras/res de museus, pesquisadoras/es e representantes das comunidades provenientes de contextos ecológicos, políticos, econômicos e sociais diferentes a apresentar experiências de resgate e valorização participativa do patrimônio natural e cultural que se realizam tanto em estruturas nacionais, como regionais e locais. Essas apresentações devem se concentrar principalmente na análise do jogo dos atores, de suas ações e discursos nos processos de validação e encenação do patrimônio (material e intangível) relacionados a territórios, recursos, conhecimentos e know-how das comunidades.
Serão privilegiadas as contribuições articuladas em torno de qualquer uma das seguintes perguntas:
– Participação das comunidades nas atividades dos museus vs. aspectos metodológicos: Como as comunidades locais (diáspora, moradores do bairro) são afetadas pela criação ou renovação de um museu? Como são formadas as equipes de trabalho conjuntas entre o museu e as comunidades ou minorias? Os representantes são eleitos, quem os escolhe, sob que critérios? Quem e como são tomadas as decisões relevantes em relação à coleta e interpretação dos objetos, à abordagem dos objetivos e à proposta das atividades desenvolvidas?
– Participação das comunidades na escolha e na maneira de abordar as questões que abordam conflitos na sociedade atual (LGBTI, memória, migração, racismo …): Quais são os limites institucionais para abordar questões controversas que são relevantes para as comunidades? É uma participação real ou uma instrumentalização das comunidades?
– Participação das comunidades na política de aquisição (objetos rituais, objetos contemporâneos, etc.) e/ou na escolha dos modos de administrar as coleções, principalmente no que diz respeito aos objetos sagrados (conservação preventiva, conservação curativa): O que constitui patrimônio para esses grupos sociais? Como são considerados os objetos “sem status de patrimônio” que ilustram a evolução dos materiais utilizados no design e construção de objetos culturais?
– Envolvimento das comunidades no design de exposições: Quais são as contribuições e os interesses para a estrutura do museu? O que as comunidades exigem? Quais são as modalidades do trabalho conjunto? Como se encarregar da co-interpretação das coleções? Até que ponto são considerados os critérios estéticos definidos pelas comunidades participantes?
As inscrições para envio de trabalhos estarão abertas até 31 de janeiro de 2020 e deverão ser enviadas para os e-mails encontrados no regulamento. As inscrições para o evento são gratuitas no seguinte link: https://es.surveymonkey.com/r/QWB3F7Y
Para mais informações sobre o colóquio ou as apresentações, você pode escrever um email para desarrollo.megm@museoschile.gob.cl
Fonte: Museo de la Educación Gabriela Mistral
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