Atualizado em 21 de January de 2020

Autor

Gustavo Marcondes

País

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Costa Rica publica manual sobre gestão e conservação de obras de arte em coleções estatais

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No mês de dezembro, o Ministério de Cultura e Juventude da Costa Rica e o Museu de Arte Costarricense (MAC) apresentaram a Política Nacional de Gestão de Coleções Estatais de Arte 2020-2030 (PNGCEA), através da qual se inicia o primeiro modelo de gestão das coleções que alberga o país.

O instrumento para a sua aplicação é o documento técnico “Gestão e conservação de obras de arte em coleções estatais: Manual dirigido a instituições do setor público”, que constitui um documento de uso permanente e consulta por todos as instituições estatais que colecionam obras de arte na Costa Rica. A conformidade com as indicações contidas neste manual é obrigatória para instituições que se enquadram no escopo da supervisão do MAC, e sua aplicação também é recomendada para as entidades que estão fora deste escopo.

“Este manual constitui uma ferramenta que propõe, em detalhes, um modelo de gestão integral, ecológico e inovador de atenção a este valioso material e ativo simbólico. Com ele, o amplo conjunto de instituições que possuem esse patrimônio terão uma estrutura comum para sua gestão, conservação, enriquecimento, atenção e valor”, destaca Sylvie Durán Salvatierra, Ministra da Cultura e Juventude.

«A Costa Rica agora tem um projeto técnico e visionário desenvolvido pelo MAC, que constitui uma etapa muito significativa para o fortalecimento do patrimônio artístico da Costa Rica», disse Hugo Pineda, diretor do Centro Histórico e Cultural José Figueres Ferrer e representante da Costa Rica no Conselho Intergovernamental do Ibermuseus. «Além disso, pode ser uma ferramenta útil para a comunidade museológica ibero-americana que deseja ver nesta contribuição uma referência para contrastar com os instrumentos desenvolvidos localmente».

O documento técnico, elaborado por Rafael Venegas Arias, responsável pela gestão de coleções estaduais, e Sofía Soto-Maffioli, diretora do Museu de Arte Costarricense, foi formulado com o objetivo de fornecer às instituições públicas uma ferramenta completa e atualizada que contemple os procedimentos típicos da gestão e conservação de obras de arte. Através de seus sete capítulos, um modelo de gestão é apresentado na forma de um corpo unificado de informações e construído de maneira detalhada e acessível.

Este manual faz parte do projeto de multiplicação de conhecimentos de Rafael Venegas Arias para sua Bolsa Ibermuseus de Capacitação. Em 2019, ele recebeu recursos do Programa para realizar uma residência profissional no Museu Nacional da Colômbia. Nesta atividade, Rafael participou ativamente das atividades de todos os departamentos técnicos do Museu, incluindo o de conservação. «Abordamos as complexidades de conservação em um patrimônio histórico, montagens de exposições, o método SICRE de conservação, fazendo visitas constantes às instalações para avaliar os métodos e ferramentas de conservação, substituição e manutenção de vitrines», explica.

Ao retornar, ele ministrou um curso gratuito sobre conservação de obras em papel e tela nas instalações do MAC a um grupo de 16 estudantes de História da Arte (foto), a fim de oferecer conhecimentos e habilidades técnicas que não fazem parte de nenhuma oferta educacional no nível nacional, e que foi detectado como um dos problemas mais recorrentes ao se trabalhar com obras de arte tanto em particular quanto em público.

O documento “Gestão e conservação de obras de arte em coleções estatais: Manual dirigido a instituições do setor público” foi a segunda entrega de seu projeto de multiplicação da Bolsa Ibermuseus de Capacitação. “O MAC planejou a publicação de algumas diretrizes técnicas sobre conservação de coleções, mas devido ao amplo conhecimento adquirido durante a residência, além do acesso a recursos e contatos no Museu Nacional da Colômbia, no meu retorno propus a criação de um documento abrangente que aborda de maneira geral o gerenciamento e a conservação de obras de arte, não mais como diretrizes básicas, mas como parte de uma proposta de modelo de gestão, a primeira deste tipo em nível nacional”, explica.

A publicação foi distribuída física e digitalmente de graça e já foi visitada por mais de 500 pessoas. Acesse o documento completo.

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