Atualizado em 06 de June de 2019

Palavras-chave
Exposições, Museus
Autor

Gustavo Marcondes

País

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O Museu Nacional do Equador apresenta a exposição “DIVERS[ ]S: facetas del género en el Ecuador prehispánico”

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Depois de um ano de trabalho interdisciplinar, o Museu Nacional do Equador (MuNa) inaugura a exposição DIVERS[ ]S: FACETAS DEL GÉNERO EN EL ECUADOR PREHISPÁNICO. Essa proposta curatorial propõe, entre outras, uma nova abordagem de tópicos como a divisão sexual do trabalho, a relação entre sexualidade e opressão, a partir da releitura iconográfica de um seleto grupo de peças arqueológicas da região do Litoral. A mostra será exposta por 4 meses.

Estudos de gênero nas sociedades pré-hispânicas do atual Equador são escassos, abrangendo uma ampla gama de conceitos, como papéis de gênero, identidade sexual, preferências sexuais. Com abordagens como a proposta nesta nova exposição temporária, é possível abordar questões como a diversidade sexual, a origem das estruturas patriarcais, entre outras.

Para isso, a exposição – baseada na pesquisa de María Fernanda Ugalde e Hugo Benavides e com curadoria de Alejandro López (historiador) e dos arqueólogos Santiago Ontaneda e María Fernanda Ugalde – propõe três eixos: Os primórdios da arte figurativa – Representações femininas e rituais na Formação; Estratificação social e patriarcado – As sociedades do Desenvolvimento Regional; e As percepções do gênero no passado através da análise iconográfica das figuras da costa equatoriana.

“Selecionamos peças que serão de grande interesse para aqueles que estão se aproximando pela primeira vez e para os especialistas. Há peças das culturas de Valdivia, Chorrera, Machalilla, La Tolita, Jama Coaque, Bahia, Guangala e Manteño-Huancavilca que interpelam em torno de uma diversidade de gêneros e estratos sociais. Além disso, foi incluída uma área de interpretação onde o visitante aborda os objetos de forma lúdica e os incentiva a propor sua própria leitura”, diz Alejandro López.

Em termos museográficos, o relato museal tomou forma através de um ambiente íntimo e lúdico, alcançado através da combinação de vitrines, cores, textos, luz, entre outros elementos. “Ser claro e rigoroso na explicação; e, facilitar a jornada e a leitura em meio às mais de 150 peças que compõem a exposição foi o desafio”, afirma Gabriela Santander, museógrafa do MuNa.

E acrescenta que o conjunto de bens arqueológicos que cada mostruário contém desenvolve um tema que também faz parte de um bloco. «Isso ajuda a estabelecer associações entre os objetos e abre a possibilidade de questionar o visitante dos objetos de uma visão muito crítica, como é o gênero», conclui.

Palestras interdisciplinares, passeios especializados, intervenções artísticas serão, entre outras, as atividades da agenda que acompanhará esta nova exposição.

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