Atualizado em 09 de January de 2020

Prêmio Ibermuseus de Educação

3º lugar, Categoria I

País

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Ano

2019

Responsável pelo Projeto

Lucienne Figueiredo, Rômulo Morgado e Beatriz Barcelos

Cargo ou Função

Superintendente de Museus / Assistentes de Difusão Cultural

Departamento ou Coordenação

SECEC/RJ

Instituição

Museu do Ingá

Telefone

+55 21 22168500

Links

facebook.com

Sala Experiências do Olhar

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Sinopse

O Museu de História e Artes do Estado do Rio de Janeiro —  conhecido como Museu do Ingá — atua como centro de estudo, preservação e divulgação da história política e produção de artistas da região.  Compreendendo a importância da acessibilidade cultural, o Museu concebeu a sala Experiências do Olhar – um espaço contínuo de experimentação sensorial, dirigido principalmente às pessoas com perda parcial e total de visão. O objetivo é ampliar e democratizar o acesso ao acervo, convidando os visitantes a experimentarem as várias formas de interação com as obras.

O espaço é um projeto de exposição multissensorial, que conta com a perspectiva da acessibilidade para a curadoria e planejamento das atividades educativas. A finalidade é garantir o acesso às obras da instituição aos cegos e pessoas com baixa visão – o Brasil possui 6,5 milhões de indivíduos com algum grau de deficiência visual, sendo aproximadamente 580 mil cegos. Dessa forma, é de preocupação do museu a participação desse público e a garantia do exercício de sua cidadania.

Para além do exposto, o conceito da sala propõe uma programação de rodas de conversas, seminários e encontros que possibilitem diálogos sobre o assunto. Em outras palavras, as atividades voltado ao público cego e de baixa visão são pensadas como parte estruturante da programação e exposição da sala – e não um desdobramento educativo complementar.

Essa dinâmica em museus é pautada no conceito de que “A percepção multissensorial é também parte inerente de uma postura semiótica aplicada à comunicação museológica.” (TOJAL, 2007). Dessa maneira, a sala Experiências do Olhar tem o intuito de ampliar os canais perceptivos dos visitantes e possibilitar uma nova interação do público com as obras e com o espaço museal. As atividades são oferecidas gratuitamente e a mediação foi pensada para grupos agendados de até vinte pessoas, com a idade mínima de oito anos.

Objetivos

Geral

Ser um espaço inclusivo de experimentação multissensorial, dedicado a romper com a comunicação unicamente visual, propondo exposições sensoriais na perspectiva da acessibilidade as pessoas cegas e/ou com baixa visão. Dessa forma, proporcionar uma experiência estética de qualidade a esse determinado público.

Específicos

– Oferecer uma interação multissensorial entre o público e o acervo do Museu do Ingá.

– Ampliar o alcance social do acervo e das programações do Museu do Ingá.

– Transformar o Museu do Ingá em um espaço referência em formação continuada em acessibilidade cultural para os demais aparelhos museais do estado do Rio de Janeiro.

– Proporcionar uma experiência estética de qualidade aos cegos e pessoas com baixa visão.

– Pensar a curadoria e programação das mostras na sala Experiências do Olhar a partir da acessibilidade, considerando essa prática como eixo estruturante das ações museológicas, e não simples desdobramentos.

– Oferecer uma experiência diferenciada nas visitas mediadas, por meio de provocações sensoriais durante o percurso da mediação.

– Proporcionar uma programação contínua e acessível, com realizações de eventos, seminários e rodas de conversas entre as instituições parceiras de reabilitação, profissionais especialistas e públicos em geral, de forma totalmente gratuita.

– Promover a capacitação técnica continuada dos profissionais da instituição, por meio de workshops de guia vidente e acessibilidade atitudinal, com a finalidade de melhorar o atendimento as pessoas cegas e/ou com baixa visão.

– Reestruturar a linguagem de exposição do Museu do Ingá, atentando-se para o alto contraste e tamanho das fontes, textos, títulos e outros elementos textuais, com a finalidade de favorecer a leitura pelas pessoas com baixa visão.

– Disponibilizar todos os textos e elementos textuais em uma apostila bilíngue (braile-português), promovendo a divulgação e a difusão do sistema braile.

– Atingir um público de visitantes cegos ou com baixa visão de ao menos 1.350 pessoas (10% do número de cegos e pessoas com baixa visão que residem em Niterói, de um total de 13.588, de acordo com o censo/IBGE 2010) com as atividades propostas exclusivamente neste projeto.

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