Atualizado em 16 de January de 2020

Prêmio Ibermuseus de Educação

Menção Honrosa

País

Argentinaargentina-aspect-ratio-276x276

Ano

2019

Responsável pelo Projeto

Analía Solomonoff Vásquez

Cargo ou Função

Diretora

Telefone

+54 342 4573577

Museo Tomado

Foto Salas Museo Rosa Galisteo

Sinopse

Uma ocupação é uma manifestação social in situ. O corpo e o espaço são protagonistas: o lugar é ocupado por pessoas, objetos, móveis, discursos articulados e modelando um ou mais slogans. A ocupação implica um movimento expansivo. Quem o realiza gera atividades para envolver a comunidade com seu objetivo: organiza reuniões, debates, espaços de treinamento e pensamento crítico. As instituições abrem suas portas, saem, dispersam suas idéias; eles se tornam permeáveis e democráticos, espaços nos quais a comunidade é chamada a participar.

Essa definição nos permite descrever o que é «Museu Ocupado». As obras patrimoniais e os profissionais do Museu Rosa Galisteo foram ocupando gradualmente os espaços expositivos, deixando a reserva vazia e, assim, transferindo as obras para as salas de exposições. Ao mesmo tempo, as atividades convocam o público a se vincular aos eixos que mobilizam o “Museu Ocupado”: investigar e tornar visível o patrimônio, ativar os arquivos e a biblioteca e divulgar o trabalho diário de um museu.

“Museu Ocupado” é o plano museológico que atravessa todos os eixos de trabalho da instituição e responde à demanda de um cidadão: o que há por trás dos muros da reserva? O que o museu guarda com tanto cuidado? Em maio de 2018, as mais de 2.700 obras patrimoniais cobriam as paredes e o piso do museu, permitindo que os visitantes experimentassem esse processo desde o dia zero até sua conclusão, em setembro de 2019.

O “Museu Ocupado” oferece a toda a comunidade a oportunidade de interagir com as obras do museu, fortalecendo o acesso democrático ao patrimônio, um dos mais importantes da Argentina.

Objetivos

Objetivos gerais

– Repensar o museu a partir de sua função pedagógica. Sentido e conceitualização, conectando mostra e tarefas administrativas, formando assim um plano museológico abrangente.

– A função pedagógica usada para criar um vínculo entre o público e os trabalhadores como um todo unido que se correlaciona e existe a partir desse encontro de sentidos. O museu como um campo pedagógico, onde experiências de aprendizado, criação e gerenciamento vinculam intrinsecamente o público externo com os trabalhadores internos.

– Identificar, problematizar as práticas dos museus e torná-las visíveis para criar propostas inovadoras, colocando-as em jogo com a comunidade e trabalhando coletivamente, atentas ao contexto social, político, cultural e econômico.

– Democratizar o patrimônio do Museu Rosa Galisteo por meio de estratégias pedagógicas que envolvem a proposição de uma exposição e mediação inovadoras, interrompendo a hegemonia e o poder do museu.

– Pensar na administração como um campo criativo que intervém não apenas em discursos curatoriais ou expositivos, mas também na mudança administrativa de um museu.

Objetivos específicos

– Promover a interação entre as áreas, formulando o plano museológico de forma transversal e que as propostas sejam modificadas ou repensadas com base nas contribuições de todos os trabalhadores.

– Através do “Museu Ocupado”, estabelecer uma projeção das tarefas do museu a curto, médio e longo prazo. A preparação de uma avaliação geral do estado das condições do patrimônio para estabelecer prioridades, horários, calendário dos trabalhos que devem ser realizados; a reforma da reserva, entre outros.

– Valorizar o trabalho das equipes através da visibilidade das tarefas diárias. Quebrando a dinâmica mecânica de uma exposição (museu-montagem fechado, museu-abertura aberto, museu-desmontagem fechado). Todas as tarefas do museu acontecem diante do público, que encontra espaços «ocupados» pelas obras e pelos trabalhadores.

– Incluir no programa de exposições espaços de treinamento compartilhados entre o público e os trabalhadores (um curso de restauração); a compra de bens para o museu que podem ser reutilizados após o término da exposição (prateleiras / dispositivos da mostra que serão então colocados na reserva de trabalho), um curso de pesquisa feminista que permite conceder ferramentas para que as mulheres artistas estabeleçam protocolos de pesquisa em sua prática diária que garantem a visibilidade de seu trabalho e, ao mesmo tempo, permitem que a equipe de pesquisa, patrimônio e restauração do museu expanda os dados de catalogação dos trabalhos de mulheres no patrimônio do museu.

– Fortalecer o relacionamento com instituições educacionais e sociais (escola de arte, bairro, entre outras).

 

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