Organismos internacionais: impacto do COVID-19 nos museus

ICOM – Pesquisa: museus, profissionais dos museus e COVID-19

Para reunir informações sobre como o atual surto de COVID-19 está afetando o setor cultural a curto e longo prazo, o ICOM lançou uma pesquisa global para analisar o impacto do confinamento em cinco questões: a situação dos museus e sua equipe, o impacto econômico esperado, tecnologia e comunicação digital, segurança e preservação de coleções, profissionais independentes do museu. O relatório analisou cerca de 1.600 respostas enviadas entre 7 de abril e 7 de maio por museus e profissionais de museus de 107 países e cinco continentes.

Em 23 de novembro de 2020, o ICOM publicou um segundo relatório mostrando o impacto que a pandemia da COVID-19 está tendo nos museus e seus profissionais, após longos meses de crise em que algumas das instituições permanecem fechadas e outras limitaram suas atividades e reduziram sua capacidade. A pesquisa, distribuída entre 7 de setembro e 18 de outubro, reiterou em sua maioria as consultas feitas na primeira investigação lançada pela instituição, o que permite uma comparação dos resultados. Além disso, algumas questões levaram em conta a evolução da situação durante o período, especialmente em vista da reabertura gradual dos museus.

Além dos dois estudos, uma terceira pesquisa foi acrescentada para entender e dar visibilidade ao cenário na «nova normalidade», concentrando-se nas tendências ao longo do tempo para mostrar como a situação evoluiu ao longo de um ano e meio. Através de seu relatório Museus, Profissionais de Museu e COVID-19: Terceira pesquisa, publicado em 5 de julho de 2021, torna-se palpável que 27% dos museus permanecem fechados e que a ingresse anual de 44% caiu em mais de 50%. Cortes em programas assombram 48,1% das instituições, enquanto os profissionais em 9,6% dos museus sofreram demissões ou não tiveram seus contratos renovados. Entretanto, o número de instituições que temem não superar a crise e fechar suas portas caiu de 12,9% para 4,1%, o que oferece um cenário mais esperançoso.

UNESCO – Museus no mundo ante o COVID

Contém os resultados da pesquisa mundial da UNESCO sobre o impacto do COVID-19 nos museus. O relatório oferece novas perspectivas sobre os números e as principais tendências dos museus em todo o mundo, as medidas adotadas pelos museus em resposta à pandemia e as ações propostas para as consequências da crise. O relatório destaca a resiliência dos museus, bem como os desafios que eles enfrentam em seus esforços para promover ainda mais o acesso à cultura.

Após um ano de emergência sanitária, a UNESCO publica um segundo relatório atualizando os dados fornecidos e monitorando o impacto sobre as instituições museológicas, 43% das quais enfrentaram fechamentos no primeiro trimestre de 2021. O estudo destaca que, como resultado da COVID, o setor fortaleceu os laços com as comunidades e melhorou a cooperação entre museus para estabelecer soluções comuns.

NEMO – Pesquisa em museus e COVID-19

A Rede de Organizações de Museus Europeus (NEMO) realizou um estudo que analisa o impacto econômico da pandemia em instituições em 48 países e, ao mesmo tempo, destaca o desenvolvimento digital que os museus vêm adotando para confortar o confinamento das pessoas, para dar continuidade ao seu trabalho no ambiente virtual e até mesmo para documentar e preservar a memória desta pandemia para o futuro. Seu relatório fornece recomendações de ação imediata, mas também a médio e longo prazo, instando governos e organizações a fornecer recursos financeiros para apoiar o funcionamento dos museus, o investimento em patrimônio cultural digital e promover a força e a segurança dos museus diante da crise.
Em janeiro de 2021, a NEMO publicou um novo relatório dando visibilidade à situação após 10 meses de emergência sanitária. O documento está disponível através do link a seguir.