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Atualizado em 01 de November de 2022

Palavras-chave
10ºEIM, Encontro

O 10º Encontro Ibero-Americano de Museus continua a brilhar

Entre os dias 26 e 28 de setembro, o México se encheu de encontros fraternos e espaços de aprendizagem no âmbito do 10º Encontro Ibero-Americano de Museus, 10º EIM, cujo tema foi «O museu urgente: ações para um futuro sustentável». O processo seguiu durante um ano de consultas e trabalho colaborativo com dezenas de trabalhadores de museus da Ibero-América para definir os eixos e construir a agenda temática materializada em cerca de 20 palestras, conferências, troca de experiências, reuniões e oficinas.

O Museu Nacional de Antropologia e o Museu Nacional de História-Castelo de Chapultepec foram os espaços emblemáticos que acolheram o 10º EIM, onde cerca de 200 pessoas participaram presencialmente, e o encontro foi seguido virtualmente por mais de 20.000 pessoas dos 22 países da região.

 

Reviva o 10º EIM: assista às sessões aqui

Tanto a abertura do Encontro como as conferências que inspiraram cada dia no âmbito dos eixos -Museus e comunidade: o papel social e educativo; Descolonização e patrimônio museológico: novos incidentes diante dos desafios históricos; Reconfigurando a ação: modos de fazer e tecnologias para a sustentabilidade; e, Direitos Culturais para uma sociedade mais sustentável: perspectiva de gênero e inclusão-, apontou para o espírito que nos move: diálogo, reflexão, encontro, cooperação entre diferentes países.

Durante a inauguração, o diretor geral do INAH, Diego Prieto Hernández, o coordenador do Espaço Cultural Ibero-Americano da Secretaria Geral Ibero-americana, Enrique Vargas, o Coordenador Nacional de Museus e Exposições da o INAH, Juan Manuel Garibay e a coordenadora da Unidade Técnica do Ibermuseus, Mônica Barcelos, celebraram o valioso espaço que o Encontro abriu para repensar questões absolutamente atuais que nos desafiam: diversidade cultural, patrimônio cultural e comunidades, o futuro sustentável.

Nesse sentido, os palestrantes Américo Castilla, Paulo Pires do Vale e Mario Chagas convidaram o público a repensar as definições que orientam o fazer das instituições museais a partir de novas definições, como a do museu, os novos cenários que habitamos e os desafios que eles colocam para nós.

A agenda foi intensa e provocativa. Todos os dias havia espaço para discutir  ideias, trocar experiências, conversar e testar novas formas de fazer e abordar o fazer museal, por meio de oficinas temáticas

A jornada orientada a partir da sustentabilidade, evidenciou suas múltiplas dimensões e implicações. Os palestrantes, a partir de insumos tão diversos como tecnologia, som, ferramentas digitais e educomunicativas, levantaram alertas e diversas alternativas para abordá-la na gestão museológica. Houve também espaço para aprender sobre a ferramenta de sustentabilidade de Ibermuseus, bem como para teorizar e praticar em torno de estratégias digitais.

Negociação é uma palavra que poderia caracterizar a jornada que girava em torno da decolonização e do patrimônio museológico. A partir de uma visão crítica e autocrítica, as diversas intervenções e vivências práticas nas oficinas mostraram iniciativas que visam museus que escutam, que incluem.

As abordagens do bloco dedicado a museus e comunidade nos lembraram da importância estratégica do museu como mecanismo, experiência e lugar de relações profundas com a comunidade, que permitem, por exemplo, enfrentar as crises dessas novas formas de viver que surgiram com a pandemia

A programação também incluiu duas palestras. Uma referiu-se às incidências, desafios e perspectivas do Programa Ibermuseus; e outra, pensar os avanços, retrocessos e rumos da museologia a partir da Mesa de Santiago do Chile, por ocasião de seu 50º aniversário, complementada com a exposição “Transformando Museus. 50 anos depois da Aventura de Santiago”, com curadoria de Letícia Perez Castellanos.

O dia de encerramento do 10º EIM foi dedicado à reflexão e ação em torno dos museus e da comunidade; e, à perspectiva de gênero e inclusão. Em duas oficinas, os participantes do Encontro ensaiaram como incorporar essas abordagens e como fazer o autodiagnóstico.

Foi um dia intenso. As abordagens exigiram que o museu ampliasse seu olhar, que se abrisse a relações, metodologias e dinâmicas de representação da diversidade dentro dos espaços expositivos e de seus acervos.

Essas demandas, juntamente com outras reflexões, propostas e desafios expressos pelos trabalhadores dos museus nos diferentes momentos que compuseram o Encontro, estão expressos na Declaração 10º EIM. A todas e todas o nosso agradecimento e empenho em continuarmos caminhando e construindo comunidade juntos.

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